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É o que há... (Parte 2)

Tenho andado ultra refilona com as condições que o governo e a CMB nos oferecem. Aliás, ainda no outro dia alguns de vocês apanharam com o meu mau feitio num jantar em que me fartei de refilar com a CMB, mas não é dela que venho reclamar desta vez.

No feriado, o ZP enfiou uma pecinha de um brinquedo pelo nariz. Fartou-se de chorar e quando fui ver o que se passava ele só dizia "Pavoixe, mãe, fiz uma pavoixe". Depois do acalmar, lá consegui perceber que o que se tinha passado era que sem querer tinha enfiado o que ele dizia ser uma roda no nariz.

Pegámos nele e fomos para o Hospital do Barreiro (http://www.hbarreiro.min-saude.pt/). Ora o Hospital do Barreiro, se não me engano (não consegui confirmar essa informação no site), abrange os concelhos do Barreiro, Moita, Montijo e Alcochete e é grandito. Por acaso nós moramos ali mesmo ao lado e até dá para ir a pé.

Quando lá chegámos, como é habitual fora do horário das 08h às 16h nos dias úteis, o guichet das inscrições da Urgência Pediátrica estava fechado, a primeira complicaçãozita: desta vez até nem foi muito chato, mas é complicado quando se tem de ir com os miúdos doentes a meio da noite no inverno e temos de ir fazer a inscrição à Urgência Geral e depois vir com o miúdo ao frio para a Urgência Pediátrica. (eu normalmente nessa situação passo por dentro do hospital e faço uma cara tal ao segurança que me tenta impedir que ele nem me diz nada).

Complicação nº. 2: Quando chegámos à Urgência Pediátrica o segurança que tem de entregar o papelito à triagem não estava lá. Tivémos de ir à procura dele. Para a próxima é certinho que entro pela sala adentro e cago no assunto...

Complicação nº. 3: O HNSR não tem otorrino e como a pediatra e o enfermeiro pediátrico não coneguiram tirar o objecto do nariz do ZP mandaram-nos para Santa Maria. Ainda nos ofereceram uma ambulância...

Será possível? Eu não acho normal.

Como é que é possível que o estado prefira gastar o transporte de não sei quantos doentes por dia para um hospital a mais de 40 km, quando pode ter uma equipa de médicos a prestar um serviço que mesmo que não seja melhor é pelo menos mais perto do utente.

É evidente que fomos muito bem atendidos pelo otorrino de Santa Maria, mas com a brincadeira que poderia ter sido tratada a 300m de casa, gastámos 5 horas, cerca de 100 km (com a respectiva gasolina) e quase 5E de portagens. E a questão nem é se o dinheiro e o tempo nos fazem ou não falta, a questão é que foi gasto e teria sido mais produtivo gastar tudo isto de outra forma.

Mas é o que há...

P.S.: O ZP ficou óptimo assim que lhe tiraram a pecinha do brinquedo do nariz e afirma a pés juntos que não volta a fazer a mesma "pavoixe".
publicado por D. às 19:23 | comentar | favorito